A União das Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo resulta da agregação das Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, implementada em 2013 no âmbito da reforma administrativa nacional. Ocupa uma área de 58,86 km2 e tem atualmente cerca de 4881 habitantes (dados de 2011).

Do seu património faz parte o Conjunto de pilares na margem esquerda do rio Tejo, classificado como Imóvel de Interesse Público. O conjunto de 16 pilares edificados na margem esquerda do rio em 1811, junto à povoação, foi construído para sustentar um dos muitos ancoradouros que possibilitavam a ligação entre margens através de barcos. Na margem esquerda, onde se erguem os pilares, fazia-se o embarque para a localidade. Do cais de desembarque, na margem direita do rio, é possível ver alguns vestígios de estacaria em madeira.

A Casa da Ónia (conhecida também como a Casa Ómnia ou Casa Aónia) é um dos monumentos de referência na freguesia. Trata-se de um solar setecentista com capela integrada e com planta longitudinal e irregular. O acesso à capela é feito por dois arcos e um portal com moldura decorada com pérolas. A capela tem uma nave única coberta por abóboda de berço e um altar sobre um estrado com nicho em talha ornamentado com colunas de elementos vegetalistas.

Ao sair da capela, subindo, encontra uma escola do lado direito. Pare para observar a paisagem sobre o Vale do Rio Torto. Ao entrar no centro da freguesia é possível observar casas com arquitetura característica: casas térreas, pequenas, com uma ou duas janelas, portas com postigos que permitem a entrada de alguma claridade, fachadas caiadas e tiras em amarelo ou azul junto às portas e às janelas, pia ou poial no lado exterior para o convívio entre a população, entradas decoradas com baús e cantareiras (louceiros).

Na parte mais antiga de São Miguel do Rio Torto foi edificada a Capela de Nossa Senhora da Conceição, a qual tem no seu interior uma bela escultura em jaspe do século XIX. O Fortim do Caneiro situa-se a 134 metros de altitude e foi um reduto militar do século XIX, que fazia parte da praça-forte de Abrantes. Deste local é possível admirar uma bela paisagem sobre o rio Tejo e a freguesia do Rossio ao Sul do Tejo.

A caminho dos Mourões descubra o coreto localizado numa bonita praça. Junto aos Mourões encontra um antigo lavadouro, a Fonte dos Touros. O Jardim General Godinho, a caminho da igreja matriz, é também um local aprazível. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição tem duas naves, o altar-mor data de 1829, altura da construção da Igreja. Os dois altares laterais são oriundos do Convento da Graça em Abrantes. O altar-relicário, do lado do evangelho, tem 25 nichos e várias imagens.

De realçar a imagem de Nossa Senhora da Piedade, escultura de pedra do século XVII. Do lado da epístola, ao centro do retábulo, encontra-se um crucifixo com o Nosso Senhor dos Aflitos, escultura em madeira do princípio do século XVIII. Espalhadas pela freguesia existem algumas casas senhoriais, como por exemplo, a Casa Senhorial da Família Almeida Beja, Quinta das Amendoeiras e Quinta das Amoreiras. Como locais de divertimento, aconselha-se a prática de Kart, no Kartódromo de Abrantes, do hipismo na Quinta da Feiteira e da Canoagem na Estação de Canoagem.