A História
A fundação de Abrantes ter-se-á verificado em meados do século XII, resultado da necessidade de defesa dos territórios conquistados e de assegurar a vida ativa de Santarém. Para melhor assegurar essa defesa, D. Afonso Henriques doou o seu Castelo e extenso termo à Ordem de S. Tiago da Espada em 1173 e seis anos depois concede-lhe foral (1179). Associada à origem do nome Abrantes existe uma lenda encantada. O perfil de Abrantes é no século XII, inequivocamente militar, condicionando a implantação da estrutura amuralhada e Castelo, num local dificilmente expugnável e usando o leito do rio Tejo como obstáculo natural. | Abrantes deixou também o seu nome gravado na história de Portugal em vários episódios. Em 1385 D. João I, juntamente com D. Nuno Álvares Pereira, esteve aqui com as suas tropas antes de partir para a batalha de Aljubarrota, como conta Camões nos Lusíadas, (Canto nº. 4 / Est. 23) “ ... Joanne forte sai da fresca Abrantes...” A 13 de Junho de 1476 D. Lopo de Almeida, pai do 1º vice-rei da Índia, foi nomeado 1º Conde de Abrantes, iniciando essa linhagem. Em 1518 D. Manuel reformou o 1º foral concedido a Abrantes. Em 1641 Abrantes é intitulada “Notável Vila de Abrantes”, por ter sido, depois de Lisboa, a primeira vila a aclamar o Rei D. João IV. A 23 de Novembro de 1807 a vila é ocupada pelas tropas francesas, comandadas pelo General Junot a quem Napoleão concedeu o título de Duque de Abrantes. É desta época e fazendo alusão ao papel de relevo que Abrantes teve nesse tempo surge a famosa frase “Tudo como dantes, Quartel General em Abrantes!” Que terá sido, uma espécie de senha militar. A 14 de Junho de 1916, Abrantes é elevada à categoria de Cidade. O Dia da Cidade, 14 de Junho, é feriado municipal, data comemorada com os festejos anuais.
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