Tramagal
“Mas que grande Tramagal!”. A exclamação feita por uma das mais ilustres soberanas portuguesas quando atravessava o Ribatejo, a caminho de uma festa, terá dado origem ao nome que a freguesia enverga até hoje. A palavra Tramagal vem de tramagas ou tramagueiras (arbustos de casca adstringente, com propriedades medicinais), que, segundo reza a lenda, terão chamado a atenção da Rainha D. Leonor quando passava pela região. O nome virá daí.
A freguesia, elevada a vila no dia 23 de Agosto de 1986, ocupa uma área de 24,06 km2 e tem 3500 habitantes (2011). Um dos locais que não pode deixar de visitar é o bonito Miradouro da Penha que presta homenagem a Eduardo Duarte Ferreira, fundador da Metalúrgica Duarte Ferreira (MDF), extinta em 1995. Nascido em 1856, numa família muito humilde, este abrantino criou a mais importante metalúrgica do país, onde era produzida a famosa Berliet. Daqui saíam, também, ferramentas e máquinas agrícolas, para serração, construção naval e civil. A MDF foi um dos grandes empregadores da região. Influenciou a sua identidade e história e imprimiu à freguesia características marcadamente industriais, contrariamente ao que seria de esperar dada a sua localização. A imagem de marca da MDF era uma borboleta. | Inclua, também, no seu roteiro a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (séc. XVIII) e o Largo dos Combatentes, espaço de convívio entre os locais. O Tramagal tem tradição vinícola. O maior embaixador desse costume da região é a Quinta do Casal da Coelheira, um projeto que vai na terceira geração e que já foi distinguido em concursos nacionais e internacionais, como o Winternational Wine Challenge, em Londres, o Vinalies Internationales, em Paris, e o Concours Mondial du Vin, em Bruxelas.
A Quinta do Casal da Coelheira, que se estende por uma área de 330 hectares, produz os premiados Casal da Coelheira Reserva e DOC, Mythos, Terraços do Tejo e Casal da Coelheira Rosé. O Lugar do Crucifixo aparece logo a seguir e merece o pequeno desvio para visitar a Igreja de N.Sra. da Conceição, inaugurada no Natal de 1949, bem como a Ribeira de Alcolobre, onde as ruínas do “ Moinho do Velho “, são amostra de um tempo ido, e quem sabe encontrar a Moura Encantada. |